terça-feira, 8 de novembro de 2011

Retrato desigual

Aos homens que querem mais, e não sabem o que ou porque. 
Homens fracos, covardes, sedentos de prazer, querendo não querer.
Perdem por não tentar, solitários fins, afim, por fim fica assim.
Príncipes perdidos no subúrbio obscuro.
Buscam o que a sociedade impõe.
E continuam quereno mais, e mais, e muito mais... Mas não sabem o que. Só querem pra ter.

sábado, 5 de novembro de 2011

Palavras alternadas de uma mente conturbada

Não diria que com tanta facilidade seja covardia
É como se materialismo fosse mais saudável o que espiritualismo
O ego grita, compaixão não sente
O chão leva o peso, a água escorre negra
Os passos somem na alvorada do entardecer
As mãos calejadas do suor em covardia
Meu olhar para alguns pode ser insano
Mas um tal sábio, sábio é de loucuras alternadas
A aqueles quem vive a impressionar, uma hora cai só
Lastimando o passado cuspido, tendo o só então
O futuro sim, é para os fortes de emoção
Partiu em frente sem uma hora pra retorno
Disse "Adeus" sem nem dar "Tchau"
Um velho na esquina, um timbal e uma viola
Não se é tão comum
Uma vida, três lados, eqüilátero mundo assim
Roda um, dois, três, sem ter vez
Nascer da água, ter um filho pra criar
Descobrir o que é amar, como se ama, como se tem
Pois aqui é o lugar

sábado, 22 de outubro de 2011

Assim, sem você

Eu já não quero mais entender
O motivo de tanto silêncio
Meu grito clama tua boca
Que se tornou tão peculiar

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Intimidade

Nossos olhares no canto do quarto
Nosso afago entregue ao silêncio
Teus lábios sobre meu peito
Meu sorriso estampado de comprazer
Nada é tão aprazível como eu e você

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Bem vindo ao futuro!

Há tantos rabisques, em telas erradas
Tantas telas jogadas ao chão
Toda cólera bebida em vão
E o copo de lástima tragado com o nó
Belezas externas predominam, ofuscando princípios
Se passa primavera, as flores murcham sem ninguém extirpar
Uma alma alí no canto
Inerte de fome, por um copo de ácido, por um prato de pão
Freguês do livre arbítrio, entregue a vida fácil, estouvado
Mundo, fim apocalíptico
Sangrando por amor, clamando o prazer da carne
Aqui vivemos, aqui podemos melhorar

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Entre olhares e sussurros

Queria eu poder decifrar coisas que sinto e que minha mente não alcança
Decifrar teus anseios, teu sorriso
Saber viver sem ilusão, sonhar sem emoção
Cabe a mim ser o que fui, te tornar pra mim
Ser poeta racional, ao invés de sentimental
Jogar tua roupa ao chão, calar tua boca e me jogar por cima de ti
Ridicularizar cenas de amor, sentir teu halito puro
Queria eu poder decifrar o que sentes e te mostrar o melhor dos prazeres

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Vai

Vai
Leva contigo as boas e más lembranças
Segue tua estrada sem ter que olhar pra traz, mas com as cicatrizes trazidas no corpo, na alma e na mente
Aprende que nesta vida castelos são construídos em rochas, deixa a areia pra onda que leva e traz vários grãos
Vai e segue teu caminho sabendo que os amores de verdade duram enquanto duram e não se acabam
Colhe teus frutos cativados nesta vida para que não possa morrer de amor, e sim viver dele
Não deixes que sentimento nenhum nesta vida possa ser maior que ti, aprende a degusta-los sem se embriagar
A embriagues é inconsciente, deixa isso pra os tolos que tem preguiça de descobrir o que é viver
Vai pelo caminho mais longo
E mesmo que te canse, este é o que te deixa forte, frio e alerta
Caminha pelos trilhos do trem, conhece o mar, e abre os braços de frente pra a linha do horizonte
Descubra quem é o homem, quem é Deus e o que Deus quer de ti
Descobre o que Deus quer de ti
Vai
E não se esqueça de se arrepender do que poderia ter feito e de quem derramou lágrimas por ti
Vai ser gente
Vai saber o que é a dor
Vai viver como homem
Vai sentir saudade e descobrir o verdadeiro amor
Não perde tempo que o tempo pode ir sem passar pelos teus olhos e roubar tuas lembranças
Vai sentir como é o sabor da chuva, carrega um violão e faz melodias
E descobrir se as vezes é bom deixar a razão de lado mesmo que te doa um pouco
Cria seus anticorpos e descobre o que é ser gente

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Alvorada

Pelas ruas alvorada, nas janelas folhas secas
Logo a frente, horizonte me afronta, eu desejo
Derramo-me ao chão, e ergo-me com a mesma força
Abro os olhos e alvorada acordada
Distraindo minha dor com seu encanto profundo
É fim de outono. Primavera, olha ela, olha ela
E leva a vida, antes que ela te leve, bem leve
De toda queda uma cicatriz, e com ela anticorpos
Já não vejo alvorada de tanto te amar.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

A dor de um adeus

Ao nascer, uma lágrima ardente escorreu pelo seu rosto. Lágrimas de dor, lágrimas de euforia, lágrimas.
Tornou-se um, tão incomum, que agradara a todos que o conhecia. Tão inocente que nunca pudera ver o quão imenso o mundo é, mas sem pudor, soube construir o seu mundo prodígio.
Soube usar suas conquistas, construindo um caminho de riquezas, foi diferente, destacou-se entre os seus. Tinha vintage em suas mãos, pra fortalecer sua jornada de um grande, grande homem se tornar, no futuro a vistar. Tinha sonhos, mas preferiu viver a realidade, criando anticorpos, regenerando suas pegadas. Seu olhar era graúdo, como olhos de guaraná em meio à mata relva daquele mundo autofágico, seria ilha, ou até universo, era seu, era príncipe, para um rei.
O adeus foi tão triste, tão doloroso, tão forte, que me tornara forte, grande, herói. Herói eu cuja arma era uma voz, feroz, como de um tigre rajando fogo pelos olhos. Apeguei-me aos teus costumes, e aprendi os teus diálogos. Aquele porto me tornara quente, me senti frio, ofuscando minha visão que nem pude ver o mar, ah o mar! Á de volta,
Seu que um dia meu canto te trará de volta, e espantara os temores e tremores e hei de te ver dar cambalhotas na grama, e sorrir no playground. Hoje fecho os olhos pra ver tua face, e os abro de volta pra seguir em frente, pois podemos ser mais que um. E sei que lá de cima, o seu outro eu, te protege,ensina, te orienta e ajuda. Assim como tu sentes, o vejo em ti.
Te darei meu sorriso em troca da tua felicidade.

domingo, 12 de junho de 2011

Aos Corações Mais Envolvetes

Aos corações mais envolventes digo que não existe distancia, dia, dor ou espaço que possa interferir no sentimento mais quente e intenso que pode existir entre dois corpos com vida quando se unem. Que as desavenças da vida, são aprovações pra te fazer entender e sentir, o que seria pra ti amor e paixão.
Dizem que o amor é fogo que arde sem se ver, que é ferida que dói e não se sente... Até que é dor que desatina sem doer. Será que esse fogo e essas dores não seria paixão? Paixão tão intensa e verdadeira, que o amanhã é de mais pra quem tem o agora, o que importa é o agora, e o que vem após o suspiro, que vem antes das lágrimas vermelhas.
Paixão é tão ardente, que cega os olhos da razão, levando o corpo à emoção, que traz a realidade toda ilusão. Paixão é tão dolorosa que o gemer do gozo é tão intenso, levando o corpo a um momento, chegando até ser desatento pelo gosto da excitação.
Paixão é loucura, realidade, blues. É se despir de toda alma contida compartilhada por dois corpos. Não há limites pra a paixão.
Dizem que o amor não se acaba. E não se acaba. O amor dura enquanto houver vida, enquanto houver suspiro. O amor é tão infinito, que é capaz de compreender as coisas mais inexplicáveis que no universo possa ter. Amor é simples, é fato, é fado.
Amor é tão puro que não existem manchas, e pra toda macha que possa querer pintar o amor, existe um alvejante puro. No amor, as dores são sábias, são lúcidas, são compreendidas e ele tudo suporta, não tem fim. Portanto, pra toda dor, no amor tem remédio.
Amor é lucidez, utopia, jazz. E se vestir de toda alma e conter um sentimento compartilhado para uma vida inteira. Não há limites para amar.
Aos corações mais envolventes digo que não existe amor nem paixão, sem que haja pureza, sensibilidade, discórdia e duas vidas. Duas vidas que entre pernas e lençóis se tornam uma.  Que o respeito e atitude, são elementos fundamentais pra ambos os sentimentos. A paixão sangra, o amor se regenera. 

quarta-feira, 1 de junho de 2011

O Velho Jovem

Então um dia, abri os olhos, olhei pra os lados, e vi como tudo mudou. Porém, nada muda.
À medida que o tempo passa, as coisas evoluem. A pele lisa já está crespa, os sonhos se tornam desejos, os amigos viram lembranças, e as pessoas que nós menos esperamos, ou imaginamos se tornam os nossos melhores amigos.
Por um momento vejo toda juventude construída, demorada, ser deixada para traz como se deixa uma fonte de água velha. Ao mesmo tempo, vejo o quão jovem estou, e tão velho me torno, mais um dia, mais um ano, mais um.  O tempo é tão precioso, que quando se vê já foi, e o que foi não é mais o e era.
Trago em minha bagagem utopias, anseios e experiências. Mas nem tudo que trago vivo e nem tudo que vivi trago nesta bagagem.  Só vivo.
Hoje então é, mais um dia daqueles onde tudo que é especial é só hoje. Depois, ao acordar os olhos, e a vida, tudo será exatamente como sempre foi, com alguns atrasos, é claro! Percebo também que à medida que o sol nasce se aproxima de mim, surgem sinais, expirais, e lembro que antes, tudo que o que eu mais queria, era estar hoje. Mas hoje, olho pra traz, não querendo ser como antes, mas gostaria de viver por alguns segundos como se fosse antes. Muitas vezes ingênuo, menino, cordel. E sei, que mesmo não vivendo como imaginara, vivo construindo um hoje bem mais nocivo do que poderia ser.
E mais um dia se vai, e outros das virão. 
Já fui menino, hoje um jovem, amanhã eu, um velho jovem.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Lá, é um mundo meu
Onde os sonhos se concretizam, e a dor é só uma idéia, e as idéias premeditadas não existem
Lá, quero poder fechar os olhos e sentir o sabor do bem querer
Olhar tudo que estiver ao meu redor, poder sorrir
Lá sou menino, lá sou grande, lá sou ingênuo
E sei que como lá, lugar algum não há
Ostentando toda beleza
Lá é genuíno

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Pedacinho do Nada

Houve um momento, onde o passado queria criar um futuro diferente.
Trouxe lembranças, luar, sol, musicalidade e algumas lágrimas.
Entre as nuvens, perto das estrelas, abaixo algumas luzes ofuscantes.
De olhos fechados foi-se muito longe, pra onde não se poderia ir naquele momento.
Então chegou em novidades de pés no chão.
Aquele olhar era muito contente, mas esperava-se um adeus mais cedo ou tarde.
O outro olhar era novo, afetivo, digno de um abraço apertado.
Foram longos passos, desde a música à poesia.
Areia nos pés foi achado um “pedacinho do nada”!
Singularmente a dois, a três, ou até quatro degustava-se o pôr-do-sol naquele pedacinho do nada. Desde os mergulhos profundos, ao transatlântico sonhado.
Beleza de Deus!
Em uma noite tão gostosa de fumaça, sal e som terminara em dor, pra uns.
E as fortes lembranças distantes lembranças, desejava-se.
Desejava-se até estar naquele pedacinho do nada.
E quanto ao passado, ficou no passado.
O futuro? É o presente do passado.
E o futuro distante, só guarda as lembranças do passado, mas com ele não se vive.
De volta as nuvens, o céu estava claro, o sol distante e os olhos expressivos.
As lembranças foram guardadas com todo afeto numa caixa com aquelas chaves.
Passado, presente, futuro.
De volta aqui.
Futuro, presente passado.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Singularizando

É tarde fria, e a música me acalma
Pela janela clara, o vento se alastra
Na espera ansiosa, lembranças se misturam com sonhos
E de olhos fechados sinto o vento pelo rosto
Tempo
Solidão
Música
Emoção
Vivo um dia cada dia, sem poder prolongar

quinta-feira, 24 de março de 2011

Diário de um Estanho

Um olhar triste
Uma dor
Uma lágrima
Um sofrer
Momentos assim que a morte chega bem perto, ri, debocha, faz sangrar
E você vê toda a conquista se propagar no chão como a água que caiu do copo, da sua mão, uma cólera. E ao mesmo tempo em que você tem aquele aconchego carente, você não tem mais nada, se perde por questões de segundos, e a raiva se consome. Você se vê só, infeliz, um vilão, capaz de abalar a emoção mais frágil que usou da mesma pra te dar suspiro.
A tristeza é uma coisa tão feia. Ela é tão traiçoeira, que chega á gente nas horas mais inesperadas, a tristeza tem prazer no que faz. E às vezes ela traz a infelicidade.
Então olho para os lados e onde está aquele amor que tanto desejo?
Onde está aquele consolo, aquela pele, aquele carinho? Km de distância.
Como eu queria ser uma criança, inocente, cheio de perguntas sem respostas na cabeça. Como eu queria poder viver em um mundo onde não pudesse viver com pessoas grandes. Como eu queria poder ter uma vida sem clichês, frustrações, prisão e mágoas. Mas o mundo de fadas só existe mesmo nos papéis, coloridos por aquarelas.
Aquarelas. Essas sim são capazes de dar cor, sentido, e criar uma dimensão que todos queremos viver, mas nenhum de nós nos disponhamos a viver esta “Loucura”, por medo de criticas. Mas todo mundo sabe por em um papel.
É amigos, viver é fácil. Difícil são as escolhas que temos que tomar constantemente, e nos leva aos momentos caóticos. Ninguém quer se responsabilizar por erros passados, sempre tem alguém a carregar o fado sem culpa. Todos nós cativamos, mas nenhum de nós quer ter responsabilidade alguma sobre aquilo que nos foi cativado.
A vida também não é injusta amigos, as pessoas que entram nela que torna. Enquanto tiver mais de um, sempre haverá comparações, e depois, ninguém entende o mal que lhes é feito, as proporções tomadas.
Mas sem dor, não há fortaleza.
E se hoje eu me encontro fraco, triste e só. Tenho certeza que amanhã eu estarei forte, revigorado, e pronto pra mais uma lágrima. Ou queda.
 E com toda certeza digo: “Se hoje sou esquecido, amanhã serei uma eterna lembrança.”

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

No Deleite do Céu

Sob as nuvens pude ver o quanto o mar é infinito, e o céu é lindo. E me perdi em toda aquela imensidão, outro mundo, outra sensação, me trazendo lembranças, reflexões, e saudades.
Sob as nuvens pude sentir por instantes o sabor da liberdade, olhar as nuvens com um terceiro olhar. Ver que toda aquele infinito poderia ser um outro mundo, outro planeta terra, que as nuvens são feitas de algodão, que o céu é uma solidão.
Senti falta das mãos cujo nunca pude sentir o calor transpirarem entre as minhas, senti falta daquela voz que me vinha à mente, da presença sincera, senti falta do vendo que varria as nuvens enquanto houver ar pra respirar. E olhar o céu e o mar, é como ver o casamento perfeito, uma unificação de duas matérias, de duas cores, dois seres tornam-se uma só, e meu olhar perdia-se naquele infinito ilimitado, limitando-se a um ponto, em vários pontos.
Pude fechar os olhos em instantes e me atirar naquela imensidão, dois corpos, unificado a quatro, meu ser, todo meu, só nós. Fui egoísta, fui amante, fui pássaro, mas não pude deixar de me entregar à cognição depois de ter tido esta visão, este desejo.
Mas é que quando fecho os olhos, sinto aquelas mãos me envolver como nuvens, é instigante. E meu corpo e o desejo comprimiam-se tão destilado que quase me atirei do céu, mas preferi me atirar em meus desejos, e sonhos onde pela certeza eu teria, e me contentei.
E mais uma vez sob as nuvens senti saudade, tomei um suco pra aliviar o mal estar, olhei as horas, ouvi a “Pedra fundamental”. E eu estava tão longe do que eu queria, porém tão perto de chegar, que lutar não valia à pena, eu estava ali a permear entre o céu e a terra.

Então o frio em minha barriga foi o que eu precisava saber de que ao solo estaria chegando, mas não com tuas mãos, não nas nuvens, nem nas areias. Mas eu sei o que dizer quando me falaste de nós, em segurar as minhas mãos, digo que é possível, que é tão possível como pude um dia chegar ao céu e me perder em tua imensidão, e que um dia, neste mesmo céu estarei lá contigo, em vida e em morte. E eu terei liberdade de andar sob as nuvens, sob o céu, sob o mar, nós.  No deleite no céu.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Espelho Invertido

Você não pode imaginar o que se passa por esta cabeça
Sua voz fala como se eu fosse culpado por tudo que sinto, por tudo que sou, e soul
Numericamente suas palavras são desnecessárias, carentes, fluentes ou influentes
Hiperbolicamente sua ira só te faz perder tudo àquilo que tu mais amas
Olha pra mim, me diz com toda a coragem, se tens coragem
Olha profundamente nos meus olhos e enxerga o sangue que rouba as lágrimas internas
Deixa de hipocrisia, minha imagem nem sempre reflete a tua, vê isso
Faltou paciência, faltou tua carência, faltou incoerência
E testa a testa foi dada a largada do confronto de duas imagens, em um espelho
E hipoteticamente pude conter o suor do desgaste
Foram tão efêmeros os nossos risos sinceros
Foi tão intenso o sangue no olhar, e nada se fez
Posso não saber de tudo, mas sei de tudo que faço mesmo inconstante, sei
Quanto a ti, olha pra dentro e vê o quanto egoísmo te sobra pra expor sem que se perceba?
Sentimento este abrasivo, que cabe dentro de nós
Então me vejo de um lado coberto de outro lado, onde só eu sei onde estou e como estou
Sem entender se quer nas entrelinhas deste nosso diálogo
Mas quando só eu sei o que tudo sei
E sem saber onde isso tudo pode dar
Com todo respeito, fico tenaz com minhas idéias, pondo em prática nos momentos exatos
E te não só te respeito como também te entendo
E apesar do tempo passar pra nós dois, mesmo em tempos diferentes, tudo leva
Só não leva o que o que foi construído, as lembranças e as semelhanças
Vulnerável em alguns momentos, espelhos d’água
E o que eu penso, eu vivo, o que eu construo é meu
Eu sou eu, sou o que sou me construo a cada eclipse, a cada amanhecer
Tenho muito a ensinar, mas estou sempre disposto a aprender
E deste lado é muito diferente do outro lado
Do que temos certeza?
O que se sabe se é certo ou errado?
O que a ciência e a religião tanto quer dizer se vivendo se aprende muito?
E a vida segue como o caminho, o a água do riacho, o ponteiro do relógio
Sem voltar o que começou
Mas sempre podendo voltar pra recomeçar
Eu, você, todos

domingo, 23 de janeiro de 2011

Amor Estranho Amor

 Eu não quero ter o amor dos homens
Aquele amor que se diz ser eterno
E que o todo eterno um dia acaba
Amor de promessas ditas, palavras ao vento
Movidas por sentimento
Desperdiçando meu prazer
Pondo em risco minha inocência
Viver um segredo, Ardente segredo
É Perigoso arder
É Perigoso Amar
É Perigoso Te Ter
Eu não quero ter o amor dos homens
Sentimento sem nexo, sem fundamento
Com um fundamento “Duvida”
Dizer “eu te amo” é tão fácil
Sentir “eu te amo” é tão duvidoso
Quanto o amor dos homens
Que não são como o amor dos anjos
Aqueles do bem
Que ninguém nunca vê, mais sente
Anjos são puros
Homens são Sujos
Anjos não são humanos
Homens são desumanos
Homens amam por prazer
Anjos sentem prazer em amar
Mais amam
E O amor aquele, o dos homens e o dos anjos
Ainda é amor
Que Sempre Dura
Mais Um Dia Acaba

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Precioso Destino

Precioso destino
Peço-te pra que um dia em minha vida eu me torne um grande homem
Que quando eu for começar que tenha força pra chegar ao fim
Que cada pessoa que entrar em minha vida, possa ter uma grande importância
Por mais que em algum momento eu seja ferido
Com que eu saiba erguer cada tijolo do meu castelo
Ter muitas riquezas sentimentais e materiais
E saiba lidar com a inveja e o ódio
E ter sempre do meu lado a humildade e o perdão
Precioso destino
Peço-te pra que em cada volta eu possa cair nos braços da minha mãe
E ouvir sua doce voz dizendo que me ama
Que meus amigos possam estar realizados
E que meus irmãos possam ter descoberto o verdadeiro valor que a vida tem, e quão infinita ela pode ser
Que eu sempre possa olhar pra o passado, pra não repetir no futuro
Que eu possa sentar no chão de casa com meus grandes amigos
Que eu possa tomar aquela bebida conscientemente feliz
Misturado com músicas, poesias, e sentimentos
Precioso destino
Peço-te que em algum momento eu possa encontrar os olhos mais brilhantes
Encontrar um amor simples e carinhoso
E que eu possa viver um amor renovado a cada dia
E me perder em seus lisos abraços
Acordar bem cedinho e olhar aqueles olhos castanhos se abrindo
E ouvir um “Bom Dia” daquela voz rouca de sono, seguido de um beijo todos os dias da minha vida
E viver esse amor sem cautelas e inconseqüências
Mas que sejamos sábios pra cada dia desfrutar os nossos prazeres
Precioso destino
Seja cauteloso comigo e não tira a minha fé em Deus
Pra que eu possa crer que o futuro existe e que ele é meu nas horas mais difíceis
Porque eu sei que sem Deus eu nada sou, nada tenho
Faz de mim um grande homem precioso destino
Que eu não me seja mais um Pierrot desiludido
Que eu não me entregue à vida tão facilmente
Mas que eu sempre possa carregá-la, e descobrir o verdadeiro valor de primavera a primavera

Liberdade, abre os braços pra felicidade


Um espaço, um cara

E toda aquela imensidão, foi tomando conta de sua vida
E aquele olhar queria ir muito além do que poderia ver
E aquele coração palpitava muito alem do que ele podia crer
Uma vida, um alguém
Cansado da solidão e da incerteza quis correr pelo mundo
E aquele mundo foi tornando-se pequeno a cada sonho
E aquele cara abriu os braços e pode sentir o sabor da liberdade
Pode crer que o amor é muito além das palavras
E que a liberdade é muito além do espaço e do tempo
Então aquele garoto abriu as asas da liberdade e se atirou em sua felicidade
Foi viver uma experiência minuciosa
Sem medo de acordar deste sonho, sem medo do não
Do sul ao norte
Sentia-se cada vez mais forte
De olhos fechados sonhava
De olhos abertos realizava
E seguiu aquele caminho que vai muito além do que se vê
Porque o futuro depende do agora

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Segredos De Uma Bela

Doce sorriso
Olhar sedutor
Seu quase rir provoca, instiga
Seu batom vermelho toma conta por onde ela passa
Quem a vê não imagina quão valor tens por dentro
É assim que é ela
E aquele dia de muitos risos, terminou-se com uma noite de lágrimas
Lágrimas de dor, e de amor, de quem jamais poderia imaginar seu rancor
Dividida entre a calma, entregou-se inevitavelmente sua alma
Entregue-se então, viu-se triste na solidão
Iludida por um sorriso tão doce e provocante quanto o seu
Pode crer que seria o seu Romeu
Mais tão forte que é ela, soube ser Bela
Frágil menina, alma de poetisa, e pele ardente de canela
Então naquela noite pude ver sua fragilidade se quebrar por inocência
Mas não sabia ela o quanto se tornava mais resistente aquele cálice
E quanto mais forte tornava-se a cada queda
E então vi que Gabí era ela, aquarela
Tinta feita de sentimentos e forças
Que diluindo em água pintava os seus quadros mais apaixonados
E pouco a pouco ia conquistando aquele cálice com cada cor precisa
Quem não te tem não sabe o tesouro que tem nas mãos
Mais você não é pra estar em mãos
É pra conduzi-las
Levá-las aonde os pés jamais chegarão
E te tornará assim, como é, Gabriela